domingo, 2 de setembro de 2012

ESTAR PASSANDO FOME NÃO SIGNIFICA ESTAR EM DIETA, MUITO MENOS EMAGRECENDO

POR PAULO MUZZY
www.rodolfoperes.com.br

ESTAR PASSANDO FOME NÃO SIGNIFICA ESTAR EM DIETA, MUITO MENOS EMAGRECENDO.

Eu não gosto de escrever de forma panfletária, mas esse assunto é um tabu que é possivel ser observado na cabeça das pessoas sem distinguir formação ou intelectualidade.

É muito comum variar o peso. Por isso a balança não é o melhor método para nos dizer em que situação nos encontramos de físico... Eu sugeriria, como método de avaliação caseiro, numa ordem de prioridade:

1. espelho
2. medição de perímetros por fita métrica
3. medidas das roupas
4. pesagens matinais diárias em jejum
Agora seus inconvenientes:

1. seus olhos sempre vão buscar seus defeitos quando voce olhar no espelho, e isso vai dificultar com que você avalie seus ganhos ou ainda gerar algum tipo de ansiedade;

2. perímetros nao definem qualidade de detalhes como definição ou muscularidade, logo, quem busca numeros maiores se enganará com períodos de retenção e quem busca números menores vai se contentar com perdas rápidas de volume muscular as custas de desidratação;

3. é o mesmo problema da fita métrica, embora neste há uma tendência para favorecer o engano de quem querm vestir números menores (o clássico que usa a roupa para se esconder em vez de se valorizar); geralmente o pessoal que corre para a cirurgia plástica como se ela fosse a "cura" da obesidade... opção ruim aliás, porque o formato que não agradava agora dá lugar a um formato que não lhe satisfez associado a uma cicatriz...

4. varia com o horario de acordar e a ultima refeição da noite... quer um exemplo? jante um grelhado com salada e pese depois de 8 horas de sono. compare agora com o dia em que voce jantou comida japonesa: aquela explosão de arroz com sal (sushi com shoyo), e claro, vá se deitar com a garrafa de agua ao lado porque com certeza voce vai precisar beber agua durante a noite. O que descobriu? A formula mágica da reençao hídrica! Mais que isso, caso voce esteja em uma dieta rigorosa, a avidez do seu organismo por carboidratos aumenta e aí o seu peso explode, chegando a variar de 6 a 10% de um dia para o outro.

Nossa... tudo isso para falar de dietas de passar fome, não é?

Pois bem, nem todo mundo que engorda, engorda por transtornos insulinêmicos (come, libera insulina, tem mais fome, libera mais insulina, come mais, libera MAIS insulina, tem mais fome e ansiedade, como MUITO mais e libera entao MUITO MAIS insulina..... e assim por diante).

Alguma pessoas engordam por transtornos cortisolinêmicos: não come, libera cortisol, faz gliconeogenese, perde musculo, converte aminoácidos em acidos graxos, reserva acidos graxos e assim se tornam aqueles magros que comem pouco mas tem uma barriguinha infernal...

Pior que isso, há a combinação de transtornos cortisolinêmicos com insulinêmicos: como muito, espera muito tempo, faz gliconeogenese, ajusta necessidade energética mas sobram acidos graxos e cortisol, que aumenta a resistencia periférica à insulina e acaba por mantê-la alta. Quando pode come muito porque com a insulina se mantendo alta, o reflexo da fome é em igual proporção. Sobram calorias à disposição que são reservadas às custas de mais e mais insulina, que aumenta mais e mais a fome, mas através da gliconeogenese e mais cortisol sangüíneo, ue alimenta a reação do inicio novamente...

Esse é dificil de ser tratado... nem sempre conseguimos cortar um ou outro estímulo na velocidade que precisamos e sabe o que é pior? O sujeito que não se alimenta em horarios fixos tambem nao faz isso com relação ao treinamento, logo, o estímulo cortisolinêmico as vezes é ampliado! O sujeito está se esforçando, e não treinando... resultado - 1...

Ficar sem comer porde fazer com que seu balanço calórico torne-se negativo por um curto período de tempo, isso porque como o seu organismo não tem calculadora e portanto não consegue contar calorias, ele baixa sua velocidade metabólica para fazer frente à nova entrada de calorias da mesma forma que uma pessoa que tem sua renda diminuída começa a cortar gastos. A partir daí o que se consegue pura e simplesmente é baixar sua velocidade metabólica impedindo a progressão de ganhos se algum houve, lembrando que o ganho imediato é a perda de peso por desidratação muscular, ou seja, você engordou qualitativamente porque baixou o seu matabolismo muscular, perdeu hidratação e a sua proporção gordura/massa magra piorou... ruim né?

Você está nessa? Então vamos discutir neurologia, porque tudo que é sensível no corpo afeta primeiro seu sistema neurológico porque este é extremamente delicado, e se você for crítico o suficiente vai conseguir notar tais fatores e correlacionar sintomas e ações na sua rotina que podem precipitar alterções de:

1. humor
2. memória de curto prazo
3. atenção
4. disposição
5. sensibilidade a fadiga
6. intensidade de percepção do esforço
7. sonolência
8. alterações nos padrões de sono (que vão afetar memória de longo prazo e piorar as alterações de humor e percepção de esforço bem como a resistencia à fadiga)
9. aumento do apetite, principalmente para carboidratos
10. ocorrencia de binges noturnos (compulsões alimentares noturnas)

Se voce está sentindo alguma dessas coisas, converse com o profissional que está lhe acompanhando, porque fazer 100% do bom é melhor do que fazer 80% do ótimo. E outra coisa, os profissionais trabalham para você, portanto não há razão para sentar na frente dele e recitar uma dieta decorada de que você não faz a metade... Dessa forma você só confunde o profissional e atrasa o resultado que te animaria a seguir em frente...

Engraçado... tudo está ligado e no final é como se fosse uma grande reação em cadeia: melhore sua atitude para melhorar seu físico, que uma vez melhor, vai favorecer melhores atitudes que vão melhorar seu físico mais ainda e por aí vai...

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